12. 16/05/2016 - Burgos - Boadilla

Acordamos cedo de novo, 6:00 e o frio estava em 4 graus!

Tomamos café e seguimos pedalando pela estrada até certo ponto. Passados 8 Km, pegamos a trilha novamente. O dia estava colaborando e a trilha era simplesmente lindíssima. Muitas fotos para registrar porque para cada lado que se olhava, tinha alguma coisa fora do comum para os nossos olhos. Trechos de muitas subidas, descidas, curvas, mas tudo coroado com flores “do mato”, que estavam ao lado que passamos e pareciam pragas de tanta quantidade que se via.

O tempo passou rápido e, com ele, os quilômetros também se foram.

Chegamos no povoado de Castrojeriz passava do meio dia e encontramos, ao lado da Igreja, uma pizzaria. Um senhor muito gentil e simpático nos atendeu e, enquanto servia-nos, mostrava no imenso mapa o caminho que teríamos que seguir. A sugestão foi para que continuássemos na trilha a fim de cortar caminho e não precisar dar a volta na montanha. O detalhe é que o aclive era de 12% e, depois, na descida, 18%. Mesmo assim nos convenceu que era o melhor a fazer. Disse ele que nos dias de céu limpo era possível avistar os “Picos de Europa” (conhecemos este lugar maravilhoso em 2013).

Outras pessoas chegaram na pizzaria e um senhor perguntou se eu era de Pelotas … Disse que não, e quando soube que somos de Santa Catarina, perguntou pelo nome de algumas pessoas. Na verdade muitos brasileiros passam por ali, e até o pessoal da Associação dos Amigos do Caminho, de Floripa, era conhecido ali.

A subida, sob sol forte foi demorada e sofrida, mas cada passo era duplamente compensado pela vista. Tudo lindíssimo e é claro, digno de paradas e mais paradas para fotos.

Duas horas depois chegamos em Boadilla, num hotel rural. A reserva que fiz no booking.com não mostrou em detalhes, mas o local era muito organizado, novo e bonito. Muito bom mesmo, tinha até varal para estender a roupa!

Boadilla, é claro, depois de Santiago, foi a melhor etapa que fizemos. Foi muito bom ter ficado ali.

No jantar a primeira surpresa foi comer sopa de feijão! Algumas pessoas estavam sentadas conosco na mesma mesa. Uma senhora em especial, de Munique, era muito simpática e, para cada detalhe que contávamos da nossa pedalada, por exemplo a quantidade de Km que fazíamos num dia, ela colocava a mão no rosto e fazia uma expressão de surpresa. Muito engraçada, tiramos fotos juntos.

Agora já passa das 20:00. Dormir porque amanhã temos 65Km pela frente.